sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Paris, França

Ah, Paris! Desembarquei na segunda-feira 18 de Outubro no aeroporto de Beauvais, 80 km de Paris. Cheguei em Paris realmente a uma da tarde, peguei um Metro para o Friends Hostel, em frente a estação Barbés-Rochechouart, na Boulevard de La Chapelle, 1 km do Moulin Rouge, que logo no início da noite fui visitar a fachada, abaixo de chuva, vento e frio!

No terça-feira acordei cedo e fui caminhar! Desci pela Boulevard Magenta andando e me deparei, em frente a Place de Republique, uma manifestação relacionada a reforma, leis de aposentadoria e outras coisas que não entendi, meu francês não vai muito longe. Muitos jovens protestando, policiais com carros enormes. Decidi andar até La Bastille e até o Rio Senna. Fazia muito frio e chovia às vezes. Esse clima de outono com o cenário Parisiense e as folhas voando pela cidade toda me mostraram a atmosfera que eu imaginei haver aqui. É uma vibração sem igual, tudo inspira uma visão romântica de Paris, não ligado a melodrama, mas ligado a um aconchego de estar nas ruas, nos cafés e pubs, um ar apaixonado e suave ao mesmo tempo. Uma sensação de estar apaixonado, mas não platonicamente, sendo correspondido, abraçado e confiado.
De noite consegui um couch pra surfar. Meus hosts, dois brasileiros, Paulo e Junior me receberam muito bem, com vinhos e queijos franceses. Foi uma noite legal e descontraída, é bom falar português depois de tanto espanhol, inglês e francês.

Na quarta-feira logo cedo fui ao hostel e programei meu dia. E que dia! Quanta coisa:
Peguei o metro e parei em uma estação próxima ao Rio Senna, lá encontrei uma galeria de imagens que vai fazer um festival a partir do dia 26 com o Jan Svankmajer em pessoa apresentando seus filmes. E eu não vou estar aqui! #tenso Sério, to chorando por causa disso. Mas tudo bem! #not

Andei um pouco nas redondezas até me achar no mapa e fui em direção ao Centre Pompidou de arte. É um museu de arte moderna com exposições e a coleção permanente. As exposições principais focavam em artistas mulheres, dando ênfase ao feminismo e a atuação feminina nas artes, academia e suas expressões e opressões. Simplesmente incrível, vejam as fotos.
Mas o mais incrível mesmo foi a coleção permanente, não imaginei que veria o que vi. Originais e lindos: Picasso, Dalí, Miró, Kandinsky! Incrível, não saberia outro adjetivo pra descrever a emoção de estar na presença de pinturas deles, poder ver as pinceladas e os tons originais.
Segui caminho para Catedral de Notre Dame de Paris. Embora estivesse lotada de turistas, a catedral é incrível, a energia daquele lugar é gigantesca, sente-se o peso da história e o quanto aquela área sagrada permanece assim, em meio ao caos capitalista do turismo.
Continuei caminhada pelo frio e vento, todo escabelado. Queria achar les Jardins de Luxemburgo, até achei mas já estava tão cansado que peguei o metro de volta pro hostel. Mas caminhar nas ruas de Paris já é uma experiência linda, mesmo sem entrar em museus, igrejas ou palácios.

A noite a Bel chegou, e logo também chegaram outras duas brasileiras de Minas. Levei elas para ver a fachada do Moulin Rouge, logo, eu e a Bel fomos em busca do café que a Amelie Poulaine trabalhava no filme, que fica perto. Sem sucesso, andamos meio embrigadados no frio, mas não encontramos.

Na quinta-feira, dia 21, acordamos cedo, compramos nossa passagem de ônibus pra Londres e fomos a procura do tal café. Encontramos! Passamos em frente na noite anterior mas não vimos. Tomamos um café au lait, tiramos fotos e compramos a melhor souvenir, um cartaz com motivos Amelieanos. Fomos em direção a Notre Dame e ao Louvre. Mostrei a catedral pra Bel e decidimos almoçar, fizemos um piquenique na beira do Senna, com queijos, pão, uvas, maçãs e vinho. Foi surreal, tinha um sol lindo, mas ainda sim aquele frio típico, e logo na outra margem do rio um saxofonista fez a trilha sonora do almoço, incrível.

O Louvre! Entramos um pouco alcoolizados e fomos ver diretamente o que nos interessava: esculturas de Michelangelo, Psique e Cupido, A Monalisa e uma exposição de arte russa que havia no momento. O lugar é imenso, impossível ver tudo em um dia. Mas foi ótimo!
Andamos até a Torre Eiffel! Um pouco longe mas foi uma caminhada incrível também, ainda mais quando chegamos lá! Nos sentimos colados em um cartão postal, pois é muito...pitoresco! Conseguimos pegar os minutos em que as luzes se acendem e há um período de luzes brilhantes que piscam, no pôr-do-sol da Eiffel.
Seguimos caminho em busca de St. Michel, rua onde Hemingway passava muito tempo, escrevendo e tomando seus cafés e rum! Sentamos em um restaurante e ficamos imaginando os caminhos que ele fazia, a atmosfera da cidade na época e coisas assim.
Corremos! Hostel, banho, malas, metro e ônibus para Londres.

Clique para acessar o álbum de fotos.
SMT - Paris, França

2 comentários:

  1. eu tava lá! hahaha
    adorei tua descrição pike, mas pô, parece que foi só eu chegar pra fazermos tudo bebados :P
    haha
    "andamos meio embrigadados no frio, mas não encontramos" e.."Entramos um pouco alcoolizados..."
    Putz! o pior é que é verdade!
    e ahh, e pra confirmar minha má fama mais uma: nessa época o hemingway bebia mais conhaque e cerveja e vinhos do que rum.
    Ass: a alcoolatra

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  2. Incrível...só de ler senti uma vontade de estar contigo...conhecendo esses lugares...curtindo tudooo

    saudades de estar perto, rir a toa, beber a toa...seria maravilhoso se estivéssemos juntos e com esse cenário ainda, PERFEITO!!

    "Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.”
    Caio F. Abreu

    Que seja doce essa essa tua viagem, essa tua experiência...que seja doce cada descoberta tua, cada olhar, cada passo e sensação que tiveres ...que seja doce...

    SAUDADES...

    BEIJOS!!!!

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