domingo, 21 de novembro de 2010

Amsterdam, Holanda

Saí de Galsgow pela manhã de sexta-feira dia 05 de novembro.
A paisagem que vi do ônibus foi incrível. Cheguei em Birmingham pela tarde e troquei de ônibus, que por sua vez chegou a Londres no começo da noite.
Peguei o ônibus para Amsterdam as dez da noite, que nos levou para o Ferry mais uma vez.
Logo chegamos ao porto na França, passamos pela Bélgica e logo estávamos em Amsterdam no início da manhã, três horas antes do planejado, pois a princípio íamos pelo Euro Channel, que demora mais.
Senti em Amsterdam algo parecido com Paris, mas mais livre, mais alegre e menos noir.
A cidade é toda costurada por rios e com pequenas pontes, que dão todo o clima. Sem contar a arquitetura muito interessante. Segundo a Mila, o expressionismo alemão pode ser notado, tem alguns prédios meio tortos e muitos deles usam isto para inspirar a decoração dentro, como um Coffe Shop que fomos.
Encontrei a Mila no Marnix Hotel, onde dividimos quarto com uma Francesa, que falava espanhol conosco, e logo com dois italianos que moram em Londres.
Almoçamos e fomos até um Coffee Shop perto. Estes são os mais famosos aqui em Amsterdam, pela compra e o uso da cannabis ser legalizada. Existem também pequenas lojas que vendem, além de maconha e haxixe, cogumelos em trufas, LSD líquido e outras ervas estimulantes, tudo legalizado.
Logo fomos para o Red Light District com a Marie, a francesa que estava no nosso quarto, nesse district há vários coffe shops e garotas de programa. É um bairro turístico, nada trash ou sujo como parece quando se lê estas palavras. As prostituas ficam em pequenas vitrines dentro dos prédios, mostrando-se para os possíveis clientes que passam na rua. Elas se vestem provocativamente, mas sem nudez. Um pouco chocante a princípio, mas logo a cidade toda te passa uma atmosfera autoexplicativa. Andamos pelo red light district, nos coffe shops, pubs e ruazinhas.
No domingo, andamos mais pela cidade, pelas ruas e pontezinhas.
A cidade durante a noite é surreal, o clima é muito frio e a atmosfera muito leve, feliz e libertadora.
A Mila foi embora na segunda-feira, eu fiquei.
Na terça-feira de noite, fui a um Pub Crawl, conheci umas meninas do Canadá e um cara dos EUA, que mora na África! Diverti-me muito e vi um show da “Drama Queen” que parece estar concorrendo a algum prêmio na MTV, nunca tinha ouvido falar, mas curti.
Na volta para o hostel adeus dinheiro, câmera e celular. Nem quero escrever sobre isso aqui.

Na quarta-feira de manhã tomei meu rumo à Itália, pra casa da Bel!

Fotos por Mila Cook, já que minha câmera se foi.

Amsterdam, Holanda

Glasgow, Escócia

Saí de Dublin às 3 da madrugada, cheguei ao norte da Irlanda, Belfast, no começo da manhã. Peguei o ônibus lá pelas onze da manhã, o qual me levou até o Ferry, como uma balsa gigante com várias salas com restaurantes, jogos, filmes. Como a que eu peguei para ir do UK para Irlanda, mas dessa vez a labirintite colaborou um pouco mais comigo.
Cheguei em Glasgow na Escócia às 17h, início da noite já. Caminhei na chuva em busca da Elderslie Street, casa da Rosa Elswood, que me hospedou por duas noites. Interessante contar como conheci ela: estávamos eu e Laísa indo para o aeroporto do RJ depois de termos nossos vistos negados pelo UK Border Agency. No shuttle conhecemos a Rosa, meio perdida por estar dormindo no ônibus, não sabia onde estava. Conversamos com ela por 15 minutos, trocamos facebooks e cada um seguiu seu rumo. Quando soube que estava indo pra Escócia, falei com ela e ela me ofereceu hospedagem!
Chegando lá fui muito bem recebido. Ela estava com uma amiga fazendo biscoitos em forma de caveiras e ossos para o Día de los Muertos. Ela estuda a língua, literatura e história hispânica e estava organizando uma sessão de filme Mexicano para a Sociedade Hispânica da University of Glasgow que ela participa. Conheci mais três amigos dela naquela noite, chegaram, ajudaram a fazer os biscoitos e depois fizemos um jantar vegetariano delicioso, acompanhado de vinho.
Adorei a Rosa e o clima da cidade. Não sabia o que esperar, mas a cidade é grande e passa uma sensação mais Londrina. Senti que em Dublin havia um marasmo, a cidade era menor mesmo.
No próximo dia andei pela cidade, por algumas lojas incríveis, prédios muito típicos e um parque lindo. Na noite, encontrei a Rosa e fomos para a noite de filme mexicano na Universidade, e levamos os biscoitos! O filme era A Espinha do Diabo, já havia assistido mas sempre gosto de ver um filme mais de uma, duas vezes. As pessoas gostaram do filme e dos biscoitos malucos.
Depois fomos eu e Rosa pra casa dela, fazer jantar. Preparamos um Haggis, que é um prato típico da Escócia, que era feito com carne de ovelha a princípio, mas a receita vegetariana é divina, e a fizemos, com um vinho. Ela me mostrou algumas músicas escocesas com poemas do Robert Burns cantados ao mesmo tempo e depois algumas bandas legais do país.
No próximo dia fiquei na Biblioteca perto da casa, lendo e resolvendo os pepinos bancários, Visa Travel Money maldito! Haha
Fui para um hostel depois das duas noites na casa da Rosa. Fui muito bem recebido por um cara da República Tcheca que estava na Escócia há duas semanas tentando uma vida melhor. Conversamos muito, ele estava no mesmo quarto que o meu. O dono do hostel também era muito gente boa, me convidava sempre para um chá ou vinho.
Andei bastante pela cidade, observando as pessoas, a arquitetura e as expressões artísticas. Descobri um curso de mestrado em Creative Writing na Univeristy of Glasgow, fiquei interessado.
Na última noite na cidade, encontrei couch surfers e um bar chamado 78. Onde serviam comida vegetariana bem barata, uma delícia.
Parti na manhã de sexta-feira para Amsterdam.

Dublin, Irlanda

Fui de ônibus para Dublin. Que por sua vez entrou em um barco para atravessar o Irish Sea. Nunca senti uma labirintite tão aguda. Parecia que eu tinha tomado uma garrafa de whisky vagabundo, girava muito. Tomei um dramin inteiro, e dormi, muito.
Cheguei na cidade às seis e meia de quarta-feira, dia 27 de outubro.
Achei meu host na Capel Street! Ele é muito atencioso e querido, Tadhg.
Durante a tarde fui ao Dublin Castle, chovia de vez em quando, também é tão cinza quanto em Londres. Passei pelo Trinity College, onde parei para um snack e um irlandês que me disse cuidar das árvores do lugar me ofereceu uma cidra típica da Irlanda, feita de maçã. Estranho, mas aceitei e trocamos algumas palavras. Continuei em direção ao National Museum. Cheguei tarde, eles fechavam as 17h.
Tentei a National Library, que me acolheu com uma exibição sobre vida e obra de W.B. Yeats Incrível, tinha até uma seção onde ouvia-se os poemas recitados, outras com vídeos com a biografia e alguns manuscritos. Me emocionei, e quero ler mais Yeats depois disso.
Na quinta-feira dia 28 continuei minha caminhada pela cidade. Fui ao Museu de História Natural, muitos animais empalhados e estátuas. Fui também ao Saint Stephen Green's Park fazer meu pique-nique. Vários pequenos lagos, muito verde e amarelo, e folhas voando, patinhos e cisnes. Fiquei um bom tempo lá, adorei o parque.
No dia 29, encontrei a Temple Bar! Uma rua com várias galerias de arte, pubs e feirinhas de livros, discos e roupas. Encontrei a obra completa do Walt Whitman por 6 euros e poemas selecionados do Yeats por 6 também, levei. Andei bastante por essas redondezas durante o dia e final da noite.
No sábado, almocei nas feirinhas de comida da Temple Street e fiquei um tempo por lá visitando algumas galerias.
Domingo fui a Galeria Nacional, onde fica o estúdio do Francis Bacon! Incrível, da pra ter uma idéia da atmosfera caóticA na qual ele gostava de trabalhar. Tinha também alguns trabalhos dele e uma entrevista com o próprio em um telão, além de uma exposição de fotos, com a vida social e artística do Francis Bacon.
Ah, Halloween! Enquanto ia para a estação de ônibus de madrugada vi a galera muito bem fantasiada para a data, pessoas de todas as idades entram no clima da tradição, que eu senti muito mais forte na Irlanda do que no Brasil, o pessoal leva a sério e adora.
Eu ficava normalmente até umas seis, sete da noite pela cidade e voltava pra casa do Tadhg. Conversávamos, fazíamos jantar, tomávamos uma Guinness. Ele já esteve no Brasil por três anos, no Nordeste. Ele me ensinou algumas palavras em Irlandês, um pouco difícil, mas adorei.
A cidade me inspirou muito, li muito Yeats na beira do rio que começa ao fim da Capel Street.
Logo na segunda-feira tomei meu rumo à Escócia.

London - UK

No ônibus para Londres viajamos muito, chegamos no controle de imigração! A Bel passou sem preocupações com seu passaporte da União Européia e eu fui o último da fila. Me perguntaram mil coisas, inclusive sobre a recusa do meu visto de estudante, lugar pra ficar na cidade, quanto dinheiro eu tinha em mãos, o que eu queria ver na cidade, o que eu já conhecia, se tinha passagem de volta. Argh. Falei tudo naturalmente, com cara de turista e sorrisão. Eu não tinha tudo preparado, não tinha o endereço, tinha poucos euros em mãos, não tinha passagem de saída de dentro do UK e o cara me deixou isso muito claro, que era um problema. Mas creio que pela minha atitude e meu inglês legal ele me deixou passar e consegui visto de seis meses para o Reino Unido como turista.

Continuamos, o bus entrou em um trem para atravessar o Canal da Mancha, o Channel.
Chegamos em Londres por volta das sete da manhã e procuramos um café, para despertar! E que frio malvado nessa cidade, wow!
Fomos a um cyber café e a Bel imprimiu um guia rápido para a cidade! Andamos! Passamos pela Victoria Street em direção ao BigBen, e ao Rio Thames. Estava muito frio, uns 5ºC com o vento. Decidimos ir ao Tate Museum, onde vimos desenhos e pinturas do William Blake, que ele fazia para ilustrar os livros e visões que ele tinha.
Quando saímos já não fazia tanto frio, fomos em direção a Trafalgar Square e depois para Covent Garden, para almoçar. Comemos uma típica torta britânica! Depois andamos pelo Soho e Picadilly Circus. A Bel tinha o suposto endereço onde Ringo Star mora, pertinho do Picadilly Circus, na Jermyn Street. Descobrimos que lá tem um estúdio de música, que ele provavelmente é o dono, Starlings, ou algo do tipo, fica a dica. Ficamos lá na frente fazendo turismo imobiliário, e nada do Ringo.
Fomos a Carnaby Street, no Soho, onde tem várias lojas de roupas independentes. Essa rua tem história, uma vez que os artigos vendidos e apreciados nela era seguidos pelos Mod e hippie styles.
Tentei durante todo o dia falar com a Mila e com o Anselmo, que iria os hospedar, mas não consegui. Fomos atrás de um hostel pra Bel, encontramos perto da Queensway Road.
Falamos com a Mila e o Anselmo e tentamos encontrar um Pub aberto na Liverpool Street, sem sucesso, pois aqui o povo começa a beber às 18h e os pubs fecham meia-noite. Go figure.
Fomos pra casa do Anselmo, N155 to Morden bus. Ele é muito atencioso e prestativo como host, agradeço muito e eternamente.
No outro dia, almoçamos no Wasabi, sushi e outras comidas Japonesas, maravilhosas, estou viciado. Fizemos um piquenique em uma praça muito bonita perto do Underground da Charing Cross Station. Empreitada, fomos pegar a mala da Mila no aeroporto, miles away, e minha mala na Victoria Coach Station. Levamos o dia todo fazendo isso.
Encontramos a Bel na Victoria Station e fomos pra casa do Anselmo, nos arrumamos e fomos novamente pra Liverpool Street, atrás de um pub. Encontramos uma esquina simpática! Conhecemos uma menina da Servia e um menino de Wales, Alexandra e Noel, muito sociáveis, sentamos em uma mesa com eles e conversamos até fechar o lugar, que era próximo de Bricklane.

No domingo, fomos em direção novamente a Bricklane, onde tem uma feira de roupas, acessórios comidas, e tudo que se pode imaginar, a Spitalfields. Gastei, casaco, luvas, toca. Não podia ser diferente, tava bué frio, como dizem os portugueses. Até choveu granizo nesse dia.
Depois das compras e chás, fomos para Camden Town, onde também havia feiras, mas já fechando quando chegamos no final da tarde. Andamos um pouco, lugar interessante, mais alternativo. Paramos no pub Elephant Head. Cervejinhas e comida chinesa depois, com uma chinesa que tinha muita energia: “Three pounds money! Three pounds mix and match!”

Na segunda-feira dia 25, fomos ao London Eye, mas não subimos, pois tínhamos pouco tempo e ainda queríamos ir ao museu Tate Modern. Lá, vimos Miró, Dalí, Picasso, Warhol, Francis Bacon, Kandinsky. Incrível. Tinha uma exposição do Gaughin, mas já não havia mais bilhetes para aquela tarde.

Ao fim da tarde fomos a Tower Bridge. Muito linda, incrível mesmo. Eu adoro pontes =D
Encontramos o Anselmo logo na Leicester Square e fomos ao Soho, cervejas! Noite muito divertida, voltamos cedo pra casa, todos já no deslocamento no próximo dia.

Londres é incrível. Tem uma atmosfera diferente dos outros lugares que estive. Me senti em casa por causa da língua e por ser bem recebido pelos britânicos. A cidade tem diversas facetas e oportunidades, mil pessoas de todos os lugares. Realmente é uma contact zone sem igual.
Sinto que estes cinco dias lá foram pouco para entender mais a cidade e conhecer realmente ao menos uma parte dela.

Na terça-feira, a Bel foi pra Itália , a Mila foi pra Portugal e eu fui pra Dublin, Irlanda.

Fotos por Mila Cook, já que minha câmera não está mais entre nós.

SMT - London, Inglaterra

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Paris, França

Ah, Paris! Desembarquei na segunda-feira 18 de Outubro no aeroporto de Beauvais, 80 km de Paris. Cheguei em Paris realmente a uma da tarde, peguei um Metro para o Friends Hostel, em frente a estação Barbés-Rochechouart, na Boulevard de La Chapelle, 1 km do Moulin Rouge, que logo no início da noite fui visitar a fachada, abaixo de chuva, vento e frio!

No terça-feira acordei cedo e fui caminhar! Desci pela Boulevard Magenta andando e me deparei, em frente a Place de Republique, uma manifestação relacionada a reforma, leis de aposentadoria e outras coisas que não entendi, meu francês não vai muito longe. Muitos jovens protestando, policiais com carros enormes. Decidi andar até La Bastille e até o Rio Senna. Fazia muito frio e chovia às vezes. Esse clima de outono com o cenário Parisiense e as folhas voando pela cidade toda me mostraram a atmosfera que eu imaginei haver aqui. É uma vibração sem igual, tudo inspira uma visão romântica de Paris, não ligado a melodrama, mas ligado a um aconchego de estar nas ruas, nos cafés e pubs, um ar apaixonado e suave ao mesmo tempo. Uma sensação de estar apaixonado, mas não platonicamente, sendo correspondido, abraçado e confiado.
De noite consegui um couch pra surfar. Meus hosts, dois brasileiros, Paulo e Junior me receberam muito bem, com vinhos e queijos franceses. Foi uma noite legal e descontraída, é bom falar português depois de tanto espanhol, inglês e francês.

Na quarta-feira logo cedo fui ao hostel e programei meu dia. E que dia! Quanta coisa:
Peguei o metro e parei em uma estação próxima ao Rio Senna, lá encontrei uma galeria de imagens que vai fazer um festival a partir do dia 26 com o Jan Svankmajer em pessoa apresentando seus filmes. E eu não vou estar aqui! #tenso Sério, to chorando por causa disso. Mas tudo bem! #not

Andei um pouco nas redondezas até me achar no mapa e fui em direção ao Centre Pompidou de arte. É um museu de arte moderna com exposições e a coleção permanente. As exposições principais focavam em artistas mulheres, dando ênfase ao feminismo e a atuação feminina nas artes, academia e suas expressões e opressões. Simplesmente incrível, vejam as fotos.
Mas o mais incrível mesmo foi a coleção permanente, não imaginei que veria o que vi. Originais e lindos: Picasso, Dalí, Miró, Kandinsky! Incrível, não saberia outro adjetivo pra descrever a emoção de estar na presença de pinturas deles, poder ver as pinceladas e os tons originais.
Segui caminho para Catedral de Notre Dame de Paris. Embora estivesse lotada de turistas, a catedral é incrível, a energia daquele lugar é gigantesca, sente-se o peso da história e o quanto aquela área sagrada permanece assim, em meio ao caos capitalista do turismo.
Continuei caminhada pelo frio e vento, todo escabelado. Queria achar les Jardins de Luxemburgo, até achei mas já estava tão cansado que peguei o metro de volta pro hostel. Mas caminhar nas ruas de Paris já é uma experiência linda, mesmo sem entrar em museus, igrejas ou palácios.

A noite a Bel chegou, e logo também chegaram outras duas brasileiras de Minas. Levei elas para ver a fachada do Moulin Rouge, logo, eu e a Bel fomos em busca do café que a Amelie Poulaine trabalhava no filme, que fica perto. Sem sucesso, andamos meio embrigadados no frio, mas não encontramos.

Na quinta-feira, dia 21, acordamos cedo, compramos nossa passagem de ônibus pra Londres e fomos a procura do tal café. Encontramos! Passamos em frente na noite anterior mas não vimos. Tomamos um café au lait, tiramos fotos e compramos a melhor souvenir, um cartaz com motivos Amelieanos. Fomos em direção a Notre Dame e ao Louvre. Mostrei a catedral pra Bel e decidimos almoçar, fizemos um piquenique na beira do Senna, com queijos, pão, uvas, maçãs e vinho. Foi surreal, tinha um sol lindo, mas ainda sim aquele frio típico, e logo na outra margem do rio um saxofonista fez a trilha sonora do almoço, incrível.

O Louvre! Entramos um pouco alcoolizados e fomos ver diretamente o que nos interessava: esculturas de Michelangelo, Psique e Cupido, A Monalisa e uma exposição de arte russa que havia no momento. O lugar é imenso, impossível ver tudo em um dia. Mas foi ótimo!
Andamos até a Torre Eiffel! Um pouco longe mas foi uma caminhada incrível também, ainda mais quando chegamos lá! Nos sentimos colados em um cartão postal, pois é muito...pitoresco! Conseguimos pegar os minutos em que as luzes se acendem e há um período de luzes brilhantes que piscam, no pôr-do-sol da Eiffel.
Seguimos caminho em busca de St. Michel, rua onde Hemingway passava muito tempo, escrevendo e tomando seus cafés e rum! Sentamos em um restaurante e ficamos imaginando os caminhos que ele fazia, a atmosfera da cidade na época e coisas assim.
Corremos! Hostel, banho, malas, metro e ônibus para Londres.

Clique para acessar o álbum de fotos.
SMT - Paris, França

Madrid, Espanha

Cheguei a Madrid no dia 8 de Outubro pela manhã! Logo no rádio já cantava a Shakira “Me voy otra ves, te dejo Madrid.” A viagem desde Portugal foi tranquila, dormi muito no carro!
A primeira impressão, Madrid é uma uma cidade com muita gente, do mundo todo. Tive esta sensação mais do que lá em Lisboa. Nas ruas, trânsito caótico.

Eu, Gonza e Alan fizemos a divisão das despesas em um bar no Lavapiés, depois que eu já havia encontrado um hostel na Calle Gran Vía, já que pelo Couch Surfing não consegui nenhum sofá.
O International World Hostel fica ao lado da Plaza de España e perto do Palácio Real. A Rua é gigante, muitos carros, pessoas, restaurantes, bares, lojas, muitas coisas, muita informação. Há uma comemoração dos 100 anos da Gran Vía, inclusive.

Logo que cheguei na sexta-feira, fui a um encontro do Couch Surfing, na Calle del Pez, em um bar feito em uma casa abandonada, logo ocupada. O lugar funciona como um bar, com tapas (snacks), drinks e arte. Nota-se o tom anarco-punk, porém aberto para todos os gostos, estilos e filosofias.
Depois, outro bar e uma balada, El Ocho y Medio. Músicas antigas, novas, rock, pop. Conheci a Alicia, uma alemã, Aurélian, francês e a Lucía, da Galícia. Pessoas legais, divertidas.

No sábado de manhã fui buscar a Mila no aeroporto, amiga de Floripa que está morando em Castelo Branco, Portugal. Descansamos, jantamos e fomos a procura de um encontro do CS, perto do centro da cidade. Fail! Não achamos, e andamos muito. Decidimos entrar em um lugar, que não lembro o nome, tomamos drinks e dançamos um pouco. O mais legal é a quantidade de pessoas nas ruas e praças, bebendo, conversando, andando. Fizemos isto também naquela noite. A Mila é muito engraçada e boa compania, adorei. Fomos com duas francesas, que também falam português, a mãe de uma é carioca e da outra, portuguesa. Garotas legais.

No domingo, fomos ao Palácio Real, em uma área onde havia muita arte de rua: violinistas, gaita, música em copos de cristal! Muitos turistas também! O Palácio é impressionante, enorme! Mas o que eu mais gostei foram os Jardins de Sabatin, no caminho também, pela Calle Bailén. Lindo.


Na segunda-feira tivemos que mudar de hostel, pois já não havia mais vagas, já que não fizemos reserva. Fomos para o bairro Lavapiés, no Hostel Las Musas. Comparado com o outro, este é enorme, com muito mais pessoas, ou seja, muito mais gente legal e interessante de todo canto do mundo. E assim, inclui-se brasileiros, muitos brasileiros! O hostel é cheio de programações, todos os dias, no dia em que chegamos havia sangría for free, e depois, um “hit the bars” que eles chamam de Pub Crawl - quatro baladas diferentes, com bebida free em cada uma, tudo por 10 euros! Eu e Mila só conseguimos até o terceiro, depois fomos para nossos aposentos dormir muito. É interessante porque em qualquer movimento que tu faça dentro da cidade, nos metros, pelas ruas, resulta em alguma interação com pessoas diferentes de algum país afastado dos costumes e realidade do sul do Brasil.

Na quarta-feira fomos a uma apresentação de Flamenco, em um pub no subsolo. Eram a dançarina, violão e voz. Impressionante! A dançarina já tinha seus cinquenta anos, e ainda sim se movia e sapateava com elegância e paixão, o mesmo se estende aos vocais e violão, emocionantes. Nos contaram também sobre a história do Flamenco, abriram espaço para perguntas e nos ensinaram a bater palmas e pés de acordo com o ritmo da música e dança. Logo meus instintos de sapateado se alegraram!

Na quinta-feira, dia de Jardim Botânico e Museo del Prado! O Jardim é lindo, eu nunca havia estado em um Jardim Botânico antes. Adorei as flores e estufas, principalmente a de ambiente desértico, com cactos e suculentas. Foi lindo.
No Museo del Prado, a Mila me guiou com uma aula de história da arte fantástica! Aprendi mais sobre Barroco, Renascimento, Bisantino e outras coisas. O mais impressionante foi ver o Jardim das Delícias, del Bosco, ou Bosch, e as pinturas de Goya, por quem a Mila me passou sua paixão.
O museu é enorme, nos cansamos e não vimos tudo.
Na sexta-feira pela manhã Mila se foi, eu fiquei. Algo que comi nas calles de Madrid me fez muito mal, hospital, dor, injeção, repouso, por dois dias.

O último dia em Madrid foi tranquilo, fazia muito frio! Acordei e almocei meus sanduíches sentado no chafariz da Puerta del Sol. Logo fui para a casa do meu host, o Aurélien, francês que mora em Madrid, o mesmo que encontrei no dia em que cheguei na cidade. O que eu não esperava era que ele quisesse me mostrar um lugar, em Lavapiés, o La Tabacalera. Outra daquelas casas abandonadas que foram tomadas e transformada em centro artístico e carefree. A casa é gigante, tem vários cômodos, cada um com uma oficina, música, projeção ou manifestação cultural diferente. No saguão principal estava rolando uma festa grande, música muito alta, muita gente. Nós ficamos mais na ala que mistura ritmos africanos com árabes, algo relacionado ao sul de Marrocos. Me lembrou muito nosso Maracatu, um pouco de Samba também, com aquele instrumento oriental que preciso descobrir o nome. Foi o momento que eu precisava ter em Madrid para dizer que realmente gostei de lá. Esse lugar me completou de uma maneira incrível. Infelizmente, não levei minha câmera, nem me diga.

Gostei de Madrid, me senti em casa. Não reparei muito nas diferenças mas sim nas semelhanças com o Brasil, o calor do povo, a energia, o caos da cidade. De alguma maneira, é um caldeirão de raças e culturas, a cada passo tem-se a oportunidade de falar alguma língua diferente, ou de se inspirar em momentos que se não observados em stop motion, passam despercebidos em meio a agitação urbana.

Penso que minha viagem esteve em ensaio até agora, nunca havia pensado ir a Portugal ou Espanha, mas agora com os futuros destinos me encontro mais ansioso e agitado. Sempre sonhei a França, Reino Unido, Itália, Irlanda, Escócia...


Sei que estas pessoas não vão ler, mas deixo aqui meus agradecimentos à senhora que me levou ao centro de saúde de Madrid quando eu não conseguia nem ler o mapa, a Drª Maria e as enfermeiras que me acalmaram e me medicaram, e as pessoas na fila que cederam seu lugar para que pudesse ser atendido primeiro e me auxiliaram quando na espera. Obrigado.

SMT - Madrid, Espanha

sábado, 9 de outubro de 2010

PORTUGAL

Lisboa

Logo que cheguei a Lisboa, no dia 28/09, ainda era noite. Não tive problema alguma ao passar no controle de imigração, até vi algumas pessoas tendo que responder várias perguntas, mas para mim apenas me pediram o passaporte e o carimbaram. Claro, revistaram minha bagagem, mas tudo tranquilo.

Peguei um ônibus em direção a casa do meu CouchSurfing host, o Francisco. Foi fácil achar o bairro da Alfama, e foi lindo ver o sol nascendo no Tejo. Até então, não tinha máquina fotográfica para registrar. Impressionante como não vi quase niguém nas ruas nem no ônbus. No Brasil, ao amanhecer de um dia de semana, a cidade já estaria fervendo.

Fui muito bem recebido na Travessa dos Remédios, número 5, muito próximo a Estação de Comboio e Metro de Santa Apolónia. O Francisco e o César, colega de casa dele, são muito queridos e gente boa. Tem duas gatinhas, Tejo e Pistacho!



Travessa dos Remédios, número 5


Estação de Combios Santa Apólonia

Depois de descarregar, o Francisco me levou para andar um pouco aos arredores. Fomos na – nome da praça em frente ao Tejo – e ao Chiado, onde tomamos café no “A Brasileira” que tem uma estátua de ferro de Fernando Pessoa.

Andamos mais, comprei minha máquina fotográfica nos Armazéns do Chiado e vim para casa, dormir muito. Acordei no final da tarde, e fiquei repousando, o voo foi muito cansativo.

Na quarta-feira encontrei a Bel em frente à Sé com os pais dela, que vieram visitá-la na Europa. Almoçamos juntos e logo eles foram descansar dos seus voos também.

No final da tarde, eu e a Bel fomos no bairro Alto. Conhecemos uma loja de vinis maravilhosa, Vinil Experience, tomamos uma cerveja Imperial, jantamos e fomos ao Weekly Meeting do Couch Surfing, no Elevador Amarelo, na rua onde tem aquele elétrico/bondinho que parece uma discoball.


Bel, eu e o bondinho discoball


Tomando um café com Fernando Pessoa

No dia seguinte, me desencontrei da Bel, fiquei em casa fazendo couch requests para Madrid, próxima parada. À noite, encontrei alguns CSers e fomos a um jantar vegan no bairro Anjos. Conheci Klaudina e Kuba, da Polônia e o André, aqui de Portugal. Incrível como conversar com eles naquele lugar foi gratificante. Estou me sentindo muito feliz aqui em Lisboa.

Logo, cada um tomou seu rumo. Eu, a caminho de casa, encontro pessoas alcoolizadas no metrô e resolvo juntar-me a eles. Me receberam com um pouco de receio, mas ainda sim alcoolizados. Eles estavam indo ao bairro Alto. Lá, tomamos uns drinks, conversamos, conheci mais pessoas aleatorias. Decidiram ir ao Music Box, perto dalí, no caminho até encontrei duas pessoas de Florianópolis, um deles era ator da peça “Vermelho Vermelho.” No Music Box, tendo sido avisado pelas pessoas certas, falava-se um password e não se pagava entrada. Entrei, tomei um drink, dancei um pouco. A música era algo como um electro house maluco, gostei! Não fiquei muito tempo, fui para casa andando. Incrível como as ruas de Lisboa são seguras.

Na sexta-feira acordei tarde por causa da última noite intensa, almocei e fui andar! Tentei contactar a Bel, não consegui. Mas falei com a Mila, que está morando em Castelo Branco, creio que ela venha para Lisboa amanhã.

No caminho para casa, parei na rua Cruzes da Sé, ao lado da mesmo, no Bar Cruzes Credo. O sandwich vegetariano deles é divino e vem acompanhado de batatas assadas e uma salada com creme de beterraba, SO GOOD!

Na sexta-feira encontrei o André Parente que conheci no jantar vegan no bairro Anjos! A princípio não encontrei ele , logo encontrei seus amigos e ficamos a beber no Indie Rock Bar, na Travessa dos Inglesinhos, música boa, público interessante também.


Sintra

No sábado encontrei a Bel e sua família para irmos para Sintra, onde há palácios e castelos onde moravam as famílias reais nos últimos séculos.

Pegamos um trem, comboio, na estação do Rossio em Lisboa. Passamos em vários outras subestações e logo chegamos a Sintra, dentro de 40 minutos. Andamos por um período, depois pegamos um ônibus. A cidade é linda, os castelos são impressionantes! Lugares muito altos! E muito extravagantes! Primeiro visitamos o Castelo dos Mouros, construído no século IX, e logo o Palácio de Pena, mais recente. No segundo, há a parte interna para visita, onde mostram os aposentos reais e as mais incríveis salas e quartos. Não se podia tirar fotos da parte de dentro, mas da externa sim, o que já valeu muito, como podem observar.


Lisboa

A noite de sábado foi incrível, assim como o dia todo. Vimos apresentações na praça Dom Pedro I, com um grupo circense-folclórico, muito interessante, como podem ver no vídeo.

Logo, na praça do comércio em frente ao Tejo houve uma projeção nas paredes do Arco principal, fazendo uso de sua estrutura a favor da projeção, contando muito da história dos 100 anos da República em Portugal, comemorada neste dia 5 de Outubro de 2010. Foi lindo e muito emocionante! Senti realmente o peso de toda história desse país.

Depois eu e a Bel fomos para o Bairro Alto, onde ficam a maioria dos bares e festas noturnas da cidade. Fomos ao Berlin Bar, na Rua do Diário de Notícias, onde houve a festa Wonderland, tocando muito 60's, Twist e afins. It was heaven.


Heading South

No domingo a noite encontrei meus caroneiros em potencial, no Bar Chapitô, na Rua da Costa do Castelo, perto do Castelo de São Jorge. O lugar tem uma vista incrível para o Tejo e a ponte. Conversamos, Alan e Gonza são dois argentinos, viajando pela Europa e logo vão para a Índia. Fiquei um pouco nostálgico em deixar a casa do Francisco e do César, mas cedo ou tarde teria que o fazer. Encontrei os argentinos e o Manu, um francês que nos acompanha, na segunda-feira ao meio-dia. Dirigimos até Belém, de onde as naus saíam para explorar os mares, como a de Vasco da Gama. Logo fomos à Boca do Inferno, Cascais e ao Cabo da Roca, lugar mais a Oeste da Europa. Há vários rochedos, como o nome indica, paisagem incrível! Resolver fazer uma trilha até a beira do mar, dentre as rochas. A princípio era fácil, apenas alto, o que dava um pouco de medo. Chegamos a tempo do entardecer, onde vi meu primeiro pôr-do-sol no mar, e que experiência louca.

A escalada de volta foi mais fácil do que a descida, embora já estivesse escurecendo.

Fomos a procura de comida, na cidade de Colares, onde achamos um bar simpático que o dono era da Romênia e nos serviu algumas cervejas, em troca de uma conversa onde se falava francês, inglês, espanhol, português de Portugal e do Brasil. Fiquei confuso em alguns momentos mas foi divertido. Dormimos em Praia Grande, perto de Sintra.


Seguimos para o Sul na terça-feira, em busca da Praia de Arrifanas, perto de Aljezur, no Algarve. Dirigimos o dia todo, e a noite, chegamos em Arrifanas, mas não havia onde dormir, então fomos até a Praia de Monte Clérigo, também em Aljezur. A jornada foi muito longa, mas as estradas de Portugal são muito bonitas, a paisagem muda o tempo todo, tem uma atmosfera muito diferente.

Passamos grande parte do dia em Monte Clérigo e logo fomos em direção mais ao Sul, para a cidade de Carrapateiras, onde ficamos na Praia da Beirada. O lugar é impressionante, a orla é enorme e muito linda. Fizemos uma fogueira e jantamos nossos tão preciosos sanduíches, com vinho Português. Foi incrível, a fogueira estava linda, e também o céu.

No outro dia, fomos para Sagres, e para Lagos. A noite, tomamos nosso rumo para Madrid!


Fotos da parte urbana e real da viagem em Portugal!