domingo, 21 de novembro de 2010

Dublin, Irlanda

Fui de ônibus para Dublin. Que por sua vez entrou em um barco para atravessar o Irish Sea. Nunca senti uma labirintite tão aguda. Parecia que eu tinha tomado uma garrafa de whisky vagabundo, girava muito. Tomei um dramin inteiro, e dormi, muito.
Cheguei na cidade às seis e meia de quarta-feira, dia 27 de outubro.
Achei meu host na Capel Street! Ele é muito atencioso e querido, Tadhg.
Durante a tarde fui ao Dublin Castle, chovia de vez em quando, também é tão cinza quanto em Londres. Passei pelo Trinity College, onde parei para um snack e um irlandês que me disse cuidar das árvores do lugar me ofereceu uma cidra típica da Irlanda, feita de maçã. Estranho, mas aceitei e trocamos algumas palavras. Continuei em direção ao National Museum. Cheguei tarde, eles fechavam as 17h.
Tentei a National Library, que me acolheu com uma exibição sobre vida e obra de W.B. Yeats Incrível, tinha até uma seção onde ouvia-se os poemas recitados, outras com vídeos com a biografia e alguns manuscritos. Me emocionei, e quero ler mais Yeats depois disso.
Na quinta-feira dia 28 continuei minha caminhada pela cidade. Fui ao Museu de História Natural, muitos animais empalhados e estátuas. Fui também ao Saint Stephen Green's Park fazer meu pique-nique. Vários pequenos lagos, muito verde e amarelo, e folhas voando, patinhos e cisnes. Fiquei um bom tempo lá, adorei o parque.
No dia 29, encontrei a Temple Bar! Uma rua com várias galerias de arte, pubs e feirinhas de livros, discos e roupas. Encontrei a obra completa do Walt Whitman por 6 euros e poemas selecionados do Yeats por 6 também, levei. Andei bastante por essas redondezas durante o dia e final da noite.
No sábado, almocei nas feirinhas de comida da Temple Street e fiquei um tempo por lá visitando algumas galerias.
Domingo fui a Galeria Nacional, onde fica o estúdio do Francis Bacon! Incrível, da pra ter uma idéia da atmosfera caóticA na qual ele gostava de trabalhar. Tinha também alguns trabalhos dele e uma entrevista com o próprio em um telão, além de uma exposição de fotos, com a vida social e artística do Francis Bacon.
Ah, Halloween! Enquanto ia para a estação de ônibus de madrugada vi a galera muito bem fantasiada para a data, pessoas de todas as idades entram no clima da tradição, que eu senti muito mais forte na Irlanda do que no Brasil, o pessoal leva a sério e adora.
Eu ficava normalmente até umas seis, sete da noite pela cidade e voltava pra casa do Tadhg. Conversávamos, fazíamos jantar, tomávamos uma Guinness. Ele já esteve no Brasil por três anos, no Nordeste. Ele me ensinou algumas palavras em Irlandês, um pouco difícil, mas adorei.
A cidade me inspirou muito, li muito Yeats na beira do rio que começa ao fim da Capel Street.
Logo na segunda-feira tomei meu rumo à Escócia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário