domingo, 21 de novembro de 2010

Amsterdam, Holanda

Saí de Galsgow pela manhã de sexta-feira dia 05 de novembro.
A paisagem que vi do ônibus foi incrível. Cheguei em Birmingham pela tarde e troquei de ônibus, que por sua vez chegou a Londres no começo da noite.
Peguei o ônibus para Amsterdam as dez da noite, que nos levou para o Ferry mais uma vez.
Logo chegamos ao porto na França, passamos pela Bélgica e logo estávamos em Amsterdam no início da manhã, três horas antes do planejado, pois a princípio íamos pelo Euro Channel, que demora mais.
Senti em Amsterdam algo parecido com Paris, mas mais livre, mais alegre e menos noir.
A cidade é toda costurada por rios e com pequenas pontes, que dão todo o clima. Sem contar a arquitetura muito interessante. Segundo a Mila, o expressionismo alemão pode ser notado, tem alguns prédios meio tortos e muitos deles usam isto para inspirar a decoração dentro, como um Coffe Shop que fomos.
Encontrei a Mila no Marnix Hotel, onde dividimos quarto com uma Francesa, que falava espanhol conosco, e logo com dois italianos que moram em Londres.
Almoçamos e fomos até um Coffee Shop perto. Estes são os mais famosos aqui em Amsterdam, pela compra e o uso da cannabis ser legalizada. Existem também pequenas lojas que vendem, além de maconha e haxixe, cogumelos em trufas, LSD líquido e outras ervas estimulantes, tudo legalizado.
Logo fomos para o Red Light District com a Marie, a francesa que estava no nosso quarto, nesse district há vários coffe shops e garotas de programa. É um bairro turístico, nada trash ou sujo como parece quando se lê estas palavras. As prostituas ficam em pequenas vitrines dentro dos prédios, mostrando-se para os possíveis clientes que passam na rua. Elas se vestem provocativamente, mas sem nudez. Um pouco chocante a princípio, mas logo a cidade toda te passa uma atmosfera autoexplicativa. Andamos pelo red light district, nos coffe shops, pubs e ruazinhas.
No domingo, andamos mais pela cidade, pelas ruas e pontezinhas.
A cidade durante a noite é surreal, o clima é muito frio e a atmosfera muito leve, feliz e libertadora.
A Mila foi embora na segunda-feira, eu fiquei.
Na terça-feira de noite, fui a um Pub Crawl, conheci umas meninas do Canadá e um cara dos EUA, que mora na África! Diverti-me muito e vi um show da “Drama Queen” que parece estar concorrendo a algum prêmio na MTV, nunca tinha ouvido falar, mas curti.
Na volta para o hostel adeus dinheiro, câmera e celular. Nem quero escrever sobre isso aqui.

Na quarta-feira de manhã tomei meu rumo à Itália, pra casa da Bel!

Fotos por Mila Cook, já que minha câmera se foi.

Amsterdam, Holanda

Glasgow, Escócia

Saí de Dublin às 3 da madrugada, cheguei ao norte da Irlanda, Belfast, no começo da manhã. Peguei o ônibus lá pelas onze da manhã, o qual me levou até o Ferry, como uma balsa gigante com várias salas com restaurantes, jogos, filmes. Como a que eu peguei para ir do UK para Irlanda, mas dessa vez a labirintite colaborou um pouco mais comigo.
Cheguei em Glasgow na Escócia às 17h, início da noite já. Caminhei na chuva em busca da Elderslie Street, casa da Rosa Elswood, que me hospedou por duas noites. Interessante contar como conheci ela: estávamos eu e Laísa indo para o aeroporto do RJ depois de termos nossos vistos negados pelo UK Border Agency. No shuttle conhecemos a Rosa, meio perdida por estar dormindo no ônibus, não sabia onde estava. Conversamos com ela por 15 minutos, trocamos facebooks e cada um seguiu seu rumo. Quando soube que estava indo pra Escócia, falei com ela e ela me ofereceu hospedagem!
Chegando lá fui muito bem recebido. Ela estava com uma amiga fazendo biscoitos em forma de caveiras e ossos para o Día de los Muertos. Ela estuda a língua, literatura e história hispânica e estava organizando uma sessão de filme Mexicano para a Sociedade Hispânica da University of Glasgow que ela participa. Conheci mais três amigos dela naquela noite, chegaram, ajudaram a fazer os biscoitos e depois fizemos um jantar vegetariano delicioso, acompanhado de vinho.
Adorei a Rosa e o clima da cidade. Não sabia o que esperar, mas a cidade é grande e passa uma sensação mais Londrina. Senti que em Dublin havia um marasmo, a cidade era menor mesmo.
No próximo dia andei pela cidade, por algumas lojas incríveis, prédios muito típicos e um parque lindo. Na noite, encontrei a Rosa e fomos para a noite de filme mexicano na Universidade, e levamos os biscoitos! O filme era A Espinha do Diabo, já havia assistido mas sempre gosto de ver um filme mais de uma, duas vezes. As pessoas gostaram do filme e dos biscoitos malucos.
Depois fomos eu e Rosa pra casa dela, fazer jantar. Preparamos um Haggis, que é um prato típico da Escócia, que era feito com carne de ovelha a princípio, mas a receita vegetariana é divina, e a fizemos, com um vinho. Ela me mostrou algumas músicas escocesas com poemas do Robert Burns cantados ao mesmo tempo e depois algumas bandas legais do país.
No próximo dia fiquei na Biblioteca perto da casa, lendo e resolvendo os pepinos bancários, Visa Travel Money maldito! Haha
Fui para um hostel depois das duas noites na casa da Rosa. Fui muito bem recebido por um cara da República Tcheca que estava na Escócia há duas semanas tentando uma vida melhor. Conversamos muito, ele estava no mesmo quarto que o meu. O dono do hostel também era muito gente boa, me convidava sempre para um chá ou vinho.
Andei bastante pela cidade, observando as pessoas, a arquitetura e as expressões artísticas. Descobri um curso de mestrado em Creative Writing na Univeristy of Glasgow, fiquei interessado.
Na última noite na cidade, encontrei couch surfers e um bar chamado 78. Onde serviam comida vegetariana bem barata, uma delícia.
Parti na manhã de sexta-feira para Amsterdam.

Dublin, Irlanda

Fui de ônibus para Dublin. Que por sua vez entrou em um barco para atravessar o Irish Sea. Nunca senti uma labirintite tão aguda. Parecia que eu tinha tomado uma garrafa de whisky vagabundo, girava muito. Tomei um dramin inteiro, e dormi, muito.
Cheguei na cidade às seis e meia de quarta-feira, dia 27 de outubro.
Achei meu host na Capel Street! Ele é muito atencioso e querido, Tadhg.
Durante a tarde fui ao Dublin Castle, chovia de vez em quando, também é tão cinza quanto em Londres. Passei pelo Trinity College, onde parei para um snack e um irlandês que me disse cuidar das árvores do lugar me ofereceu uma cidra típica da Irlanda, feita de maçã. Estranho, mas aceitei e trocamos algumas palavras. Continuei em direção ao National Museum. Cheguei tarde, eles fechavam as 17h.
Tentei a National Library, que me acolheu com uma exibição sobre vida e obra de W.B. Yeats Incrível, tinha até uma seção onde ouvia-se os poemas recitados, outras com vídeos com a biografia e alguns manuscritos. Me emocionei, e quero ler mais Yeats depois disso.
Na quinta-feira dia 28 continuei minha caminhada pela cidade. Fui ao Museu de História Natural, muitos animais empalhados e estátuas. Fui também ao Saint Stephen Green's Park fazer meu pique-nique. Vários pequenos lagos, muito verde e amarelo, e folhas voando, patinhos e cisnes. Fiquei um bom tempo lá, adorei o parque.
No dia 29, encontrei a Temple Bar! Uma rua com várias galerias de arte, pubs e feirinhas de livros, discos e roupas. Encontrei a obra completa do Walt Whitman por 6 euros e poemas selecionados do Yeats por 6 também, levei. Andei bastante por essas redondezas durante o dia e final da noite.
No sábado, almocei nas feirinhas de comida da Temple Street e fiquei um tempo por lá visitando algumas galerias.
Domingo fui a Galeria Nacional, onde fica o estúdio do Francis Bacon! Incrível, da pra ter uma idéia da atmosfera caóticA na qual ele gostava de trabalhar. Tinha também alguns trabalhos dele e uma entrevista com o próprio em um telão, além de uma exposição de fotos, com a vida social e artística do Francis Bacon.
Ah, Halloween! Enquanto ia para a estação de ônibus de madrugada vi a galera muito bem fantasiada para a data, pessoas de todas as idades entram no clima da tradição, que eu senti muito mais forte na Irlanda do que no Brasil, o pessoal leva a sério e adora.
Eu ficava normalmente até umas seis, sete da noite pela cidade e voltava pra casa do Tadhg. Conversávamos, fazíamos jantar, tomávamos uma Guinness. Ele já esteve no Brasil por três anos, no Nordeste. Ele me ensinou algumas palavras em Irlandês, um pouco difícil, mas adorei.
A cidade me inspirou muito, li muito Yeats na beira do rio que começa ao fim da Capel Street.
Logo na segunda-feira tomei meu rumo à Escócia.

London - UK

No ônibus para Londres viajamos muito, chegamos no controle de imigração! A Bel passou sem preocupações com seu passaporte da União Européia e eu fui o último da fila. Me perguntaram mil coisas, inclusive sobre a recusa do meu visto de estudante, lugar pra ficar na cidade, quanto dinheiro eu tinha em mãos, o que eu queria ver na cidade, o que eu já conhecia, se tinha passagem de volta. Argh. Falei tudo naturalmente, com cara de turista e sorrisão. Eu não tinha tudo preparado, não tinha o endereço, tinha poucos euros em mãos, não tinha passagem de saída de dentro do UK e o cara me deixou isso muito claro, que era um problema. Mas creio que pela minha atitude e meu inglês legal ele me deixou passar e consegui visto de seis meses para o Reino Unido como turista.

Continuamos, o bus entrou em um trem para atravessar o Canal da Mancha, o Channel.
Chegamos em Londres por volta das sete da manhã e procuramos um café, para despertar! E que frio malvado nessa cidade, wow!
Fomos a um cyber café e a Bel imprimiu um guia rápido para a cidade! Andamos! Passamos pela Victoria Street em direção ao BigBen, e ao Rio Thames. Estava muito frio, uns 5ºC com o vento. Decidimos ir ao Tate Museum, onde vimos desenhos e pinturas do William Blake, que ele fazia para ilustrar os livros e visões que ele tinha.
Quando saímos já não fazia tanto frio, fomos em direção a Trafalgar Square e depois para Covent Garden, para almoçar. Comemos uma típica torta britânica! Depois andamos pelo Soho e Picadilly Circus. A Bel tinha o suposto endereço onde Ringo Star mora, pertinho do Picadilly Circus, na Jermyn Street. Descobrimos que lá tem um estúdio de música, que ele provavelmente é o dono, Starlings, ou algo do tipo, fica a dica. Ficamos lá na frente fazendo turismo imobiliário, e nada do Ringo.
Fomos a Carnaby Street, no Soho, onde tem várias lojas de roupas independentes. Essa rua tem história, uma vez que os artigos vendidos e apreciados nela era seguidos pelos Mod e hippie styles.
Tentei durante todo o dia falar com a Mila e com o Anselmo, que iria os hospedar, mas não consegui. Fomos atrás de um hostel pra Bel, encontramos perto da Queensway Road.
Falamos com a Mila e o Anselmo e tentamos encontrar um Pub aberto na Liverpool Street, sem sucesso, pois aqui o povo começa a beber às 18h e os pubs fecham meia-noite. Go figure.
Fomos pra casa do Anselmo, N155 to Morden bus. Ele é muito atencioso e prestativo como host, agradeço muito e eternamente.
No outro dia, almoçamos no Wasabi, sushi e outras comidas Japonesas, maravilhosas, estou viciado. Fizemos um piquenique em uma praça muito bonita perto do Underground da Charing Cross Station. Empreitada, fomos pegar a mala da Mila no aeroporto, miles away, e minha mala na Victoria Coach Station. Levamos o dia todo fazendo isso.
Encontramos a Bel na Victoria Station e fomos pra casa do Anselmo, nos arrumamos e fomos novamente pra Liverpool Street, atrás de um pub. Encontramos uma esquina simpática! Conhecemos uma menina da Servia e um menino de Wales, Alexandra e Noel, muito sociáveis, sentamos em uma mesa com eles e conversamos até fechar o lugar, que era próximo de Bricklane.

No domingo, fomos em direção novamente a Bricklane, onde tem uma feira de roupas, acessórios comidas, e tudo que se pode imaginar, a Spitalfields. Gastei, casaco, luvas, toca. Não podia ser diferente, tava bué frio, como dizem os portugueses. Até choveu granizo nesse dia.
Depois das compras e chás, fomos para Camden Town, onde também havia feiras, mas já fechando quando chegamos no final da tarde. Andamos um pouco, lugar interessante, mais alternativo. Paramos no pub Elephant Head. Cervejinhas e comida chinesa depois, com uma chinesa que tinha muita energia: “Three pounds money! Three pounds mix and match!”

Na segunda-feira dia 25, fomos ao London Eye, mas não subimos, pois tínhamos pouco tempo e ainda queríamos ir ao museu Tate Modern. Lá, vimos Miró, Dalí, Picasso, Warhol, Francis Bacon, Kandinsky. Incrível. Tinha uma exposição do Gaughin, mas já não havia mais bilhetes para aquela tarde.

Ao fim da tarde fomos a Tower Bridge. Muito linda, incrível mesmo. Eu adoro pontes =D
Encontramos o Anselmo logo na Leicester Square e fomos ao Soho, cervejas! Noite muito divertida, voltamos cedo pra casa, todos já no deslocamento no próximo dia.

Londres é incrível. Tem uma atmosfera diferente dos outros lugares que estive. Me senti em casa por causa da língua e por ser bem recebido pelos britânicos. A cidade tem diversas facetas e oportunidades, mil pessoas de todos os lugares. Realmente é uma contact zone sem igual.
Sinto que estes cinco dias lá foram pouco para entender mais a cidade e conhecer realmente ao menos uma parte dela.

Na terça-feira, a Bel foi pra Itália , a Mila foi pra Portugal e eu fui pra Dublin, Irlanda.

Fotos por Mila Cook, já que minha câmera não está mais entre nós.

SMT - London, Inglaterra